terça-feira, 16 de novembro de 2010

arte e política

Um amigo levantou uma questão sobre uma de minhas postagens, onde falo sobre o uma certa ausência do imaginário das lutas sociais na produção cultural. Segundo esse amigo, sou "muito político" e uma declaração aparentemente crítica sobre a produção cultural poderia pegar mal. Para começar, acho que é uma observação mais de tendência do que de crítica. Basta ver a postagem seguinte, sobre o cinema brasileirio atual, com uma visão otimista e de valorização da diversidade de propostas e sucessos que fazem bem. De qualquer maneira não acho que eu deva esconder idéias. Sempre cultivei o hábito de discutir o que fazemos no mundo da cultura e esse meu blog existe para isso. Não confundir com a visão que eu acho devem ter os dirigentes da política cultural, os que carregam a responsabilidade de zelar pelo todo, sem critérios pessoais de escolhas. Esses devem agir de forma imparcial, republicana e democrática, deixando para instâncias próprias da sociedade, povo, público, midia, críticos, a crítica e as preferências estéticas. Sempre tive essa peocupação e minhas claras preferências pessoais só se expressam quando me coloco exclusivamente como intelectual ou artista, produtor cultural. Uma outra observação: nunca fiz uma ligação mecânica entre o foco social ou politicamente crítico com qualidade artística. E vice-versa, nunca fiz a bobagem de condenar uma obra artística por seu viés ideológico não crítico. Nada a ver.

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