domingo, 9 de janeiro de 2011

saida PPS-2

Repercussões boas e ruins de minha saída do PPS. Confesso que ainda sinto falta desse vínculo partidário, mesmo sabendo que ele já não correspondia mais ao que eu esperava. Foi uma decisão pessoal curtida por vários meses e anunciada para o Roberto Freire num encontro municipal em SP. Não há nenhuma sub-intenção, nem tenho quqalquer projeto político decorrente dessa decisão. Simplesmente queria ficar fora daa estrutura partidária. O desafio é continuar com as ligações po´líticas, os amigos, fazer parte de uma corrente, certamente maior do que o PPS, que procura um novo sentido para a esquerda no Brasil e no mundo.
Eis mensagem que enviei ao agora deputado Stepan, ao Ivan e ao amigo Almeida, da Fundação Pedroso Horta:
Caros Stepan, Almeida, Ivan, Claudio

Fiquei feliz com suas palavras de compreensão quando o mais fácil seria o de julgamento.
Disse hoje ao Almeida que tranquilizasse os companheiros: não estou fazendo barganhas, não tenho nenhum pojeto decorrente desse meu pedido de afastamento.
Simplesmente achei que era hora de tomar uma decisão ( eu já havia comunicado isso,m iformalmente ao Roberto Freire num enconto municipal em SP).
O que eu penso está no trexto de meu blog que alguém reproduziu e que vi no final dessas mensagens.
Nada mais.
Se há ai alguma coisa a discutir, sem dúvida é a ligação dos intelectuais com o partido.
Tenho mesmo uma miltância inegável de quase 50 anos e sempre fui fiel ao partido, desde o velho e querido partidão até hoje.
Só agora vi as ilações estranhas de companheiros a respeito de minha conduta. Tomo isso não por maldade mas desinformação. Nunca fui privilegiado com financiamentos, caixas, nada, sempre tive que lutar contra, nadar contra a maré. E não é atôa que meus filmes sempre foram os mais ( bem mais!) baratos da produção autoral de minha geração. E se sou um dos cineastas com mais filmes na carreira é porque nunca cedi à essa dificuldade emuitas e muitas vezes filmei sem dinheiro algum, como recentemente o filme "Vlado 30 anos depois", que sem dúvida alguma marcou os 30 anos da morte de nosso companheiro e meu amigo pessoal Vladimir Herzog: não tive nem um centavo de patrocínio. E tantos outros filmes. "O homem que virou suco " custou 80 mil dólares na ´época, quando meus contemporâneos faziam filmes de 300/500 mil dólares...
Outra coisa: sempre soube, em minha vida, que a dificuldade de apoios estava em minhas idéias,minha teimosia, meu espírito crítico e não numa eventual filiação partidária. Podem me pintar de ouro, eu serei sempre visto como chumbo. E sempre tive que me carregar sozinho, com todo esse peso de minhas opções políticas.
Muito obrigado a todos,especialmente a vocês, Stepan, Almeida, Ivan, pelo tom das mensagens.
Quero manter essa ligação de sempre com o partido, com vocês.
Um grande abraço.
E sucesso, Stepan,no Parlamento!
João Batista de Andrade

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