segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pássaro no asfalto e final de meu romance

Hoje é um dia de glória: salvei um pássaro, logo pela manhã. Saí de meu prédio para tomar um café no bar, vi aquele pequeno passarinho no meio da asfalto. Era um desses periquitos chamados "australianos", tenho uma pena danada, nascem em gaiolas, longe da liberdade que a natureza lhes prometeu. Pois no meio do caminho tinha o Homem. O bichinho, bobo, inexperiente, assustado. Fui para a rua, apesar... dos carros, uma moto quase matou o pássaro. Fui chegando devagar, levei a mão até ele e ele agarrou-se ao meu dedo. "É de um morador do prédio em frente", me disseram os policiais do Posto Policial. Fiquei sem saber o que fazer. Entregar o bichinho para seu "dono"? - Eu não consegui. Fiquei andando com ele sem saber como agir e ele mesmo agiu: voou para a praça em frente ao meu prédio, com muitas árvores. Boa sorte para ele, sei que vai ser difícil sobreviver. Mas ele tentará.
 
 
Meus amigos. Por que me emocionei tanto com a história do pássaro que tirei do asfalto. É que isso coincide, de forma espantosa, com o novo final de meu romance que revisei ontem para enviar para a editora. Isto é, escrevi isso no romance, ONTEM, o pássaro que, ao voar, exibia sua liberdade aos olhos do persnonagem principal. E HOJE, tão cedo, vivi essa situação, o pássaro que tirei do asfalto e que voa para sua liberdade, mesmo que problemática e difícil.

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