segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fora do eixo: debate bom

FB 19Ago2013

Aurelio Michiles João Batista de Andrade Tirando tudo e os noves fora, o "CINEMA INDEPENDENTE", também recebe $$$ do governo, do estado ou subsidiado ou como queiram denomina-lo, e mesmo assim não conheço nenhum filme que tenha o lacre oficialesco partidário ou governamental. Temos que tomar cuidado com essa questão...fico com impressão que acharam um "bode espiatório" para desqualificar, criaram "seres teratológicos"... iguais aqueles que "comunistas comem crianças"e "recebem o ouro de moscou".

João Batista de Andrade Michiles, os diretores não formam nenhuma comunidade. E nem aceitam trabalhar por qualquer comunidade ou por qualquer espírito comunitário. Recebem como qualquer artista. Depender do estado é sempre ruim. Mas vou dizer uma coisa: muitos dos meus filmes foram feitos sem dinheiro do estado e eu nunca fiquei aqui pregando isso como modelo. Eu também não gosto dessa onda raivosa e em meu texto deixei minha visão do por quê disso, tanto pelo clima de guerra midiática em que vivemos ( de todos os lados, sem inocentes) e pela super-exposição do FDE ( que, ligado ao governo, acabou se oferecendo como prato)

 E o cinema independente foi se estruturando como uma longa luta dos cineastas entre nós e com a sociedade, justificando uma intervenção estatal capaz de ajudar a viabilizá-lo. O problema é a democracia precária que temos. Todos os grupos poderiam receber esses investimentos, dentro de uma política clara e democrática, coisa que não acontece com ninguém. Se quer saber, lamento que o próprio cinema independente tenha se distanciado do cinema comercial que existia antes e, assim, tenha se desenvolvido nessa dependência terrível. Como eu disse, o Estado é a pior escolha!

Aurelio Michiles João Batista de Andrade Como sempre tens a voz da ponderação, mas quando dei como exemplo o "cinema independente" foi para mostrar que todos nós dependemos de "alguem" (estado, banco, empresa privada ou...). E estou incomodado com esta onda aonde muitos encontram-se surfando sem mesmo ter aprofundado nos fatos, e mesmo assim inflam e repercutem preconceitos contra este ou aquele, assim como no cinema já aconteceu em se transformar (injustamente) um (a) cineasta como "ser teratológico", e a revista "veja" tem sido a ponta de lança destas abjetas distorcidas informações.

João Batista de Andrade Um parceiro tipo polvo, que nos abraça, nos envolve, é também injusto e revoltante e também presa de interesses que tanto podem ser bons quanto péssimos. Um estado indefinido quanto à cultura num país também indefinido, pois já não somos o país das cachoeiras, nem do samba, nem da carne (em todos os sentidos) e nem nos firmamos como um país da vanguarda artística nem dos bons exemplos republicanos\democráticos. Tudo por fazer!- e os jovens nas ruas tem sido, apesar de tudo, um alento nesse sentido

Nenhum comentário: