domingo, 6 de outubro de 2013

A humanidade sobreviverá?

FB 06Out13
Humanidade ainda precisa mostrar que sua escolha como vida dominante não foi uma roubada para a natureza.

Arnaldo Pereira · Amigo de Ana Paul e outras 6 pessoas
João, sobre esse assunto, tomo a liberdade de reproduzir os primeiros parágrafos do livro O Império Americano, de Noam Chomsky:
“Alguns anos atrás, um dos grandes nomes da biologia contemporânea, Ernst Mayr, publicou algumas reflexões sobre as chances 
de sucesso na busca de inteligências extraterrestres. Para ele, essa probabilidade era remota. Suas conclusões tinham a ver com o sentido adaptativo do que chamamos "inteligência superior", ou seja, a forma especificamente humana de organização intelectual. Mayr estimou o número de espécies desde a origem da vida em cerca de cinquenta bilhões, uma única das quais "atingira o tipo de inteligência necessária a gerar uma civilização." Isso ocorreu em passado bem recente, há cerca de cem mil anos. Costuma-se supor que apenas um pequeno grupo tenha sobrevivido, do qual somos todos descendentes.

Mayr especulou que a forma humana de organização intelectual talvez não se deva à seleção. A história da vida na Terra, escreveu, contradiz a afirmação de que "é melhor ser inteligente do que burro", ao menos a julgar pelo sucesso biológico de besouros e bactérias, por exemplo, muito mais bem-sucedidos do que os humanos em termos de sobrevivência. Ele acrescentou, ainda, o sombrio comentário: "a expectativa média de vida de uma espécie é de cerca de cem mil anos".

Estamos entrando em um período na história humana que talvez possa esclarecer se é melhor ser inteligente do que burro. A perspectiva mais otimista é a de que a pergunta não seja respondida: se houver uma resposta definitiva, ela só poderá ser a de que os humanos resultaram de algum tipo de "equívoco biológico", usando os cem mil anos que lhes foram reservados para destruir uns aos outros e, nesse processo, muitas coisas mais.

Sem dúvida, a espécie desenvolveu a capacidade para fazer precisamente isso, e um hipotético observador extraterrestre poderia concluir que os humanos demonstraram tal capacidade ao longo da história, dramaticamente nas últimas centenas de anos, agredindo o meio-ambiente que sustenta a vida, a diversidade de organismos mais complexos, e com selvageria fria e calculada, também uns aos 
outros.”

João Batista de Andrade A forma de compreensão desenvolvida pelo ser humano, em sociedade, é a da dominação, não da convivência. na natureza, predadores não são predadores da vida, mas dos excessos.  
Resta saber se o tipo de inteligência que adquirimos será capaz de resolver esse dilema, cuja solução dependerá muito de certas características primitivas de nossa relação com a natureza

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