terça-feira, 13 de maio de 2014

poemas

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FB 29 abril 2014

Diante do prato, náusea/ diante da água, náusea/ diante da luz, náusea\ diante da carne, náusea\ diante do fogo, náusea\ fera diante da caça\ mendigo diante da esmola\cristão diante da cruz\menino diante da lousa\menina diante da flor\perto do fim, o começo\ perto da luz, a escuridão. Diante do amor, toda luz\ diante da dor, a carícia\ diante de ti, o silêncio.



FB 04\mai\2014
ANJO
Carente de amor
Um belo anjo me seduziu
Tinha lábios carnudos
E uma floresta de desejos tantos
Que me vi febril.

No dia seguinte eu quis de novo
Daquele mel de encantos
E o anjo de novo me serviu
Embora exigisse agora
Que eu rezasse uma ave-maria

No terceiro dia quase enlouqueci
Perdido entre florestas e cidades
Em busca desse amor

Finalmente eu o encontrei
O anjo de asas multicores
Que agora me pedia o terço
E um ramalhete de flores

Ando perdido agora, no desespero
E ao anjo prometo tudo,
Uma reza, um terço, um amém
Que meu amor seja eterno e cego
E que tudo meu seja dele também
E mais dele do que meu


Na verdade, o poema deveria terminar assim; Hoje ele já não me serve/ E quem lhe serve sou eu



FB 13 maio 2014
um homem médio/ caminha sempre pelo meio/mede-se frequentemente, o homem médio// um homem médio se declara sempre inocente/ a voz ondula feito ondas médias// um homem médio jamais se altera/vive para ser a média// um home médio prefere ser medíocre/ e nem quer ser meio algum/ figura nas estatísticas assim/ o ponto neutro na vida// o homem médio vota sim/ com medo de descer na vida// um homem médio é inofensivo/ nem briga com os vizinhos/ nem repara no custo de vida// um homem médio respira pelo nariz/ assopra pela boca/ pensa sempre no fim de semana// um homem médio respeita a esposa e se desvia das pessoas deitadas na rua// o homem médio é o fim/ fim do conflito, fim da utopia/ vivo ou morto, figura sempre no miolo das estatísticas. Anda, homem, anda!- grita, xinga!
JBA 13/mai/2014

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