terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O PAÍS DOS TENENTES

CANAL CURTA: ENCERRANDO ESSE EPISÓDIO, já postei aqui meu apoio. E recebi mensagem de correção enviada pelo diretor Julio Worcman. Agradeço. Como já disse, tenho paixão por esse meu filme, "O país dos tenentes", feito dois anos após o fim da ditadura e retrata, numa visão histórica, essa passagem e os 60 anos dos militares na política, desde a revolta do forte de copacabana, em 1922. O filme revela de como a absorção pelo estado corrompeu os tenentes. E o velho general Gui (PauloAutran) é o último deles, assistindo, nos anos 80, às mudanças e a volta da democracia. Durante a ditadura (resultante do golpe de 64) Gui é contratado por uma multinacional como relações públicas, com o intuito de facilitar os trâmites junto ao Governo Militar. Agora se sente podre, tomado por bichos, revivendo sua trajetória desde 22. À beira da morte, em plena passagem para a democracia, recusa-se a fazer o último serviço à multinacional, mas é substituido por seu filho que usa seu nome. O filme foi precoce demais. Em depoimento a "O Estado" disse que o filme revelava o fim de um ciclo revolucionário, tomado pela corrupção material e das idéias. Como se vê, o filme de 1987 se antecipa à queda do Muro de Berlim e à queda reveladora do falso e corrupto socialismo no leste europeu, -e assim foi visto na Europa: por essa leitura fui convidado para um giro na Alemanha, por seis cidades, com exibição do filme e debates com universitários.

Um comentário:

André Rocha disse...

Gosto muito desse filme! Até escrevi sobre, rs
http://www.rua.ufscar.br/site/?p=7056